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Cametá,21/11/2024

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É #FAKE que câncer de mama não existe

g1.globo.com
É #FAKE que câncer de mama não existe

Recentemente, um vídeo circulando nas redes sociais chamou atenção ao afirmar que o câncer de mama não existe. No vídeo, uma médica se identifica como especialista em mastologia e sugere que o câncer de mama é, na verdade, apenas uma inflamação crônica, recomendando um tratamento sem comprovação científica. Contudo, especialistas da área da saúde e órgãos responsáveis desmentiram essa afirmação, reforçando que o câncer de mama é uma doença grave e que a mamografia é fundamental para sua detecção precoce.

Instituições renomadas, como o Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), emitiram notas esclarecendo que o câncer de mama é uma doença multifatorial, caracterizada pelo crescimento descontrolado de células anormais na mama. A mamografia, recurso essencial para o diagnóstico precoce, aumenta as chances de cura em até 95% ao identificar tumores em estágios iniciais, segundo especialistas. O Ministério da Saúde recomenda a realização desse exame em mulheres a partir dos 50 anos, independentemente da presença de sintomas.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) também manifestou preocupação com o compartilhamento de informações falsas e destacou que as redes sociais frequentemente exibem conteúdos sem respaldo científico. A entidade enfatiza que tratamentos alternativos, não comprovados, podem colocar em risco a saúde dos pacientes ao substituir terapias convencionais, que têm eficácia comprovada cientificamente.

Outro ponto de preocupação destacado por especialistas é a divulgação de terapias hormonais como forma de prevenção ou tratamento do câncer de mama. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o uso de hormônios, como estrogênio e testosterona, é contraindicado em casos de câncer de mama, pois pode estimular o crescimento das células tumorais, comprometendo o tratamento.

O Conselho Regional de Medicina do Pará informou que está investigando o caso e apurando possíveis irregularidades, pois a médica mencionada não possui especialização registrada no conselho. Além disso, já foram relatados casos de falsos profissionais promovendo tratamentos sem evidências científicas em outras regiões do Brasil, o que configura prática irregular e oferece risco à população.

Especialistas continuam alertando a população sobre a importância de buscar informações de fontes seguras e reforçam que o câncer de mama é uma das doenças mais comuns entre as mulheres brasileiras, com mais de 70 mil novos casos anuais. O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura e garantir tratamentos menos invasivos e mais eficazes.




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