IPCA-15: preços sobem 0,54% em outubro, com disparada de 5,29% da energia elétrica
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que serve como uma prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,54% em outubro, conforme divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado representa uma aceleração significativa em relação a setembro, quando o índice subiu apenas 0,13%. A principal responsável por essa alta foi o grupo de Habitação, que avançou 1,72%, impulsionado pelo aumento de 5,29% nas tarifas de energia elétrica residencial, devido à adoção da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
A alta deste mês superou as expectativas do mercado financeiro, que previa um aumento de 0,50%. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula uma alta de 4,47%, acima dos 4,12% registrados até setembro. No ano, o índice já avançou 3,71%.
Entre os nove grupos analisados pelo IBGE, oito registraram alta em outubro. Além de Habitação, os grupos de Alimentação e Bebidas (0,87%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,49%) tiveram forte impacto na prévia da inflação. No grupo de Alimentação, os preços subiram tanto dentro quanto fora de casa, com destaques para o contrafilé (5,42%), café moído (4,58%) e leite longa vida (2,00%). Já na Saúde, o aumento foi impulsionado pelos reajustes nos planos de saúde, autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Por outro lado, o grupo de Transportes foi o único a apresentar queda, de 0,33%, puxado pela redução nas passagens aéreas (-11,40%) e no transporte urbano, como ônibus (-2,49%) e metrô (-1,28%). Esses descontos foram atribuídos à gratuidade nas passagens durante o primeiro turno das eleições municipais. Além disso, os combustíveis tiveram uma leve redução, com destaque para a queda de 0,71% no preço do gás veicular e 0,23% no óleo diesel, enquanto a gasolina não registrou variação significativa.
Em resumo, o IPCA-15 de outubro apresentou aceleração em comparação ao mês anterior, com impacto expressivo nos custos de energia e alimentos, enquanto o setor de transportes trouxe algum alívio com a queda nos preços de passagens e combustíveis.
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