VÍDEO: Imagens aéreas mostram tanque israelense disparando contra local que abrigava chefe do Hamas, Yahya Sinwar
O grupo terrorista Hamas confirmou nesta sexta-feira (18) a morte de Yahya Sinwar, líder máximo da organização, em uma operação militar israelense na cidade de Rafah, localizada no sul da Faixa de Gaza. A confirmação veio através de Khalil al-Hayya, um alto membro do Hamas, durante um pronunciamento público. Este foi o primeiro comunicado oficial do grupo desde a morte de Sinwar, que foi reconhecido após as tropas israelenses encontrarem seu corpo durante uma varredura.
O comandante do Hamas, que havia assumido a liderança da organização em agosto de 2023, foi morto na última quarta-feira, em um confronto com soldados israelenses. As Forças de Defesa de Israel (FDI) divulgaram um vídeo da operação, onde é possível ver um tanque disparando contra o edifício onde Sinwar estava escondido. A operação ocorreu na região de Tel al-Sultan, em Rafah, durante uma troca de tiros com militantes do Hamas. Após o ataque, os militares identificaram o corpo de Sinwar no local.
Sinwar era considerado um dos principais mentores dos ataques coordenados pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, que resultaram em centenas de mortes e no sequestro de dezenas de reféns. O ataque foi o estopim para a guerra em curso entre Israel e o Hamas, e Sinwar tornou-se o alvo número um das operações militares israelenses.
A morte de Yahya Sinwar marca uma importante virada no conflito. Ele foi o último dos líderes de alto escalão do Hamas a ser eliminado pelas forças israelenses, após uma série de operações que visaram desmantelar o comando da organização. Com a morte de Sinwar, a liderança do Hamas se encontra fragilizada, mas al-Hayya, durante seu pronunciamento, prometeu continuar a luta e alertou que os reféns em poder do grupo só serão libertados quando o conflito terminar e Israel retirar suas tropas de Gaza.
A operação que levou à morte de Sinwar foi um esforço conjunto entre as Forças Armadas de Israel e o serviço de inteligência do país, com o apoio dos Estados Unidos. De acordo com fontes israelenses, o líder do Hamas era conhecido por seu profundo conhecimento do território da Faixa de Gaza, o que dificultou sua captura. Sua morte é vista como um grande golpe para a organização.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, celebrou a morte de Sinwar, mas alertou que o fim do líder terrorista não significa o término da guerra. A caçada a Sinwar durou mais de um ano, e Israel prometeu continuar suas operações até neutralizar completamente a ameaça representada pelo Hamas.
Nascido e criado em Rafah, Yahya Sinwar tinha uma longa história de envolvimento com o Hamas. Ele passou mais de duas décadas preso em Israel por seu envolvimento em atividades terroristas, mas foi libertado em 2011 em uma troca de prisioneiros, quando o soldado israelense Gilad Shalit foi liberado em troca de mais de 1.000 prisioneiros palestinos. Desde então, Sinwar assumiu posições de liderança dentro do Hamas, até se tornar seu comandante máximo em 2023.
Além de sua experiência militar, Sinwar era fluente em hebraico, um conhecimento que ele usou para aprofundar seu entendimento sobre Israel e suas operações de inteligência. Ele foi um dos principais articuladores das negociações entre o Hamas e Israel, mas sua liderança foi marcada por uma postura mais agressiva, que culminou nos ataques de outubro de 2023.
A morte de Sinwar acontece em um momento crítico do conflito, com o Hamas prometendo vingar a perda de seu líder, enquanto Israel continua suas operações militares no território da Faixa de Gaza. O cenário permanece tenso, e a ausência de Sinwar levanta questões sobre quem assumirá o comando do Hamas, já que a organização está sem sua principal liderança após as recentes baixas.
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